1 de dez. de 2009

JPT Scare Band - Sleeping Sickness (1973-76)

JPT Scare Band tem estourado por trilhas psicodélicas já há um bocado de tempo. Com o passar dos anos e décadas eles conseguiram progredir de completamente desconhecidos a dolorosamente obscuros. E mesmo assim, eles continuam juntos, com a lineup original intacta.

Algum tempo atrás, achei um review desse disco na internet que começava assim:

"Desde Hendrix, Cream, Steppenwolf ou The Doors, um grupo se deu tão bem junto e o fez tão bem feito. A música te seduz, te leva a um nível de êxtase, explode em um frenezi de pulsações elétricas e te deixa ofegando por mais. Se você é virgem na cena do verdadeiro rock, sugiro que perca com esses caras. Eles definitivamente são os mestres." E é isso aí, eu não poderia ter dito melhor.

Jeff Lintrell na bateria, Paul Grigsby no baixo e vocais e Terry Swope nos vocais e guitarra formam a JPT Scare Band. Um trecho interessante do review dizia "A atração principal é o guitarrista Terry Swope cujo som é similar a Hendrix, Iommi, Louis Dambra (Sir Lord Baltimore) e Jim McCarty (Cactus)", mas eu discordo; a atração principal é o trio insano que eles formam.

O JPT Scare Band não teve um começo definido. A gentil mão do destino uniu Jeff, Paul e eu no outono de 1973 e nos largou pra nos decidirmos. Nós nos mudamos para uma casa e instalamos nossos equipamentos no porão. Enquanto nós tocávamos durante os dias e noites, um estranho processo orgânico começou a movimentar-se. Jeff, Paul e eu descobrimos que tocando juntos nós conseguíamos fazer um barulho épico.

Ao invés de questionar esse desenvolvimento memorável, nós três simplesmente o aceitamos como um fato. Nós raramente discutíamos acordes ou arranjos; essas coisas não estavam à parte do sentido. Tudo o que nos importava era combinar nossas energias e usá-la para criar um mundo musical habitável. Uma vez que fizemos isso acontecer, nossas viagens começaram.

Terry Swope



It's Too Late


King Rat





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26 de nov. de 2009

East - Hüség (1982)

Banda de Rock Progressivo da Hungria, a banda é mais conhecida por seus dois primeiros álbuns, este sendo o segundo. O som é de um space symphonic prog de primeira, apesar da época em que foi lançado - no início dos anos 80, todas as bandas de prog setentistas estavam com composições cada vez mais pop, enquanto esses caras do leste europeu não tomavam isso como empecilho, ninguém lhes falou que não era mais "maneiro" fazer prog sinfônico, ou eles simplesmente não se importavam.

Cantado em sua língua nativa, Hüség (Fé) apresenta uma sonoridade deveras única organizada num álbum de estrutura um tanto simples; uma faixa instrumental seguida por uma com vocais, e assim variando por todo o disco. Não sabendo muito bem o que falar, deixo umas amostras do som desse CD falarem por si só. Excelente álbum, diferente de todo aquele prog inglês ao qual todo mundo tá acostumado, com certeza merece atenção pela "Fé" apresentada em momentos tão obscuros, tanto musicalmente quanto politicamente.








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23 de nov. de 2009

Braia - ...e o Mundo de Lá (2007)

Altamente recomendado!

Braia é um projeto do vocalista do Tuatha de Danann, Bruno Maia. Ele mistura tradicional música folk celta, rock progressivo e MPB, e toca guitarra, violão, craviola, mandolim, bodhran, bouzuki, guitarra havaiana, flautas doce e transversal e instrumentos de percussão latina. O álbum também conta com a presença de Giovani Gomes e Edgard Brito, encarregados do baixo e teclado, respectivamente, do Tuatha de Danann, e vários outros músicos, como o renomado violinista Marcus Viana e diversos músicos irlandeses.

Gravado na Irlanda, França e estúdios espalhados pelo Brasil, "...e o Mundo de Lá" é, nas palavras de Bruno Maia, “A mais verdadeira expressão artística feita por mim! É muito real! Pra mim é uma mistura de Clannad antigo, Dan ar Braz, Altan, com Dead Can Dance, Blackmore’s Night, Renaissance com Secos e Molhados e Clube da Esquina.”

MySpace:
http://www.myspace.com/braiamusic





Para fãs de Tuatha de Danann, Jethro Tull, Blackmore's Night e MPB!


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20 de nov. de 2009

Zakk Wylde - Book Of Shadows (1999)

Jeffery Phillip Wiedlandt, muito bem conhecido como Zakk Wylde no mundo do Rock, atuou como guitarrista solo da banda de Ozzy e de sua própria banda, Black Label Society. Lançou em 96 um álbum chamado Book Of Shadows, seu primeiro disco solo após sair da banda do Ozzy.





Book Of Shadows traz Zakk Wylde nos vocais e com uma guitarra acústica que faz uma mistura de Southern Rock com aquele Hard Rock dos anos 70, carregado com bastante blues, tanto na guitarra quanto nos vocais, além de excelentes solos com uma pegada bem Heavy Metal. O resultado é simplesmente fantástico, um álbum onde Zakk mostra um lado mais introspectivo de sua música, contando com a participação de grandes artistas do folk rock, como Neil Young.

Em 1999, foi lançada uma reedição do álbum, contendo um CD com as faixas do original remasterizadas e um disco bônus com três faixas inéditas.





A música "Throwin' It All Away" foi composta sobre a morte de Shannon Hoon do Blind Melon, grande amigo de Zakk que morreu por overdose.

Para fãs de Alice in Chains, Hard Rock e Southern Rock.



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Porcupine Tree - Stupid Dream (1999)

O Porcupine Tree é uma banda de rock da Inglaterra formada em 1987, que por muitas vezes incorporou diversos estilos em seu som, como rock psicodélico, música ambiente, música eletrônica e até metal e post-rock mais recentemente, produzindo um tipo bem singular de rock progressivo.

Tive contato com essa banda por MSN, irmão de um amigo meu me enviou uma música, Piano Lessons. Quando ouvi, marcou; era criativa, original, pop, tocante, e valeu a pena ir atrás do CD, pois se tornou um de meus favoritos. O padrão de qualidade é mantido; aliás, essa Piano Lessons é o hit pop do disco. Num geral, o CD apresenta um tipo de rock progressivo um tanto pegado com música ambiente e o que parece ser um proto-post-rock, com as guitarras muitas vezes focando mais em efeitos, ambientalizações e melodias realizadas por notas singulares do que por riffs ou power chords. Há um feel de música eletrônica por vezes, teclados auxiliando na ambientalização e até jazz em algumas faixas, como na Don't Hate Me, com um solo (fudido) de saxofone, e em This Is No Rehearsal.

No geral, é um álbum bastante variado; canções em todos os climas, desde sombrias a mais felizes, sempre com uma temática, não diria triste, mas nostálgica. Cada música é muito diferente da outra, apresentando bastante originalidade. Há uma forte sensação de "dormência" no álbum, uma sensação de surrealismo, como se passasse emoções e sensações que sentimos em nossos sonhos, seja durante o sono ou delirando e sonhando acordado... Hazey.





Para fãs de Anathema, Anekdoten, Motorpsycho, Pink Floyd.


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13 de nov. de 2009

Jefferson Airplane - Surrealistic Pillow (1967)

Na época em que os Beatles ainda usavam gravatas e pensavam em formar uma banda, Janis Joplin fazia testes pra entrar na Big Brother and the Holding Company e que Pink Floyd começava carreira nos bares underground ingleses, existia um grupo chamado Jefferson Airplane, pioneiros do Rock Psicodélico. Primeiro grupo da cena de São Francisco a atingir sucesso, foram um dos maiores nomes no fim dos anos 60, aparecendo como atrações principais nos grandes festivais da época, como o Festival de Woodstock e o de Monterey.


Este álbum Surrealistic Pillow foi gravado em treze dias com um custo total de oito mil dólares e recebeu esse nome quando um dos produtores, durante a produção do álbum falou que a sonoridade era "tão surrealista quanto um travesseiro é macio". O disco contém clássicos como o hino Somebody To Love, e White Rabbit. Louvado como melhor do grupo, é definitivamente um dos mais importantes álbuns da época do "Verão do Amor" e representa muito bem aquele tempo. Nem vou me meter a falar de detalhes técnicos do som, pois além de apenas um fanfarrão que curte fingir que saca de alguma coisa, acho difícil "falar" de música psicodélica.

Que a música fale por si. Aproveite essa combinação explosiva de sons e cores psicodélicas, and have a banana while you're at it.








Tracklist
01. She Has Funny Cars
02. Somebody to Love
03. My Best Friend
04. Today
05. Comin' Back to Me
06. 3/5 of a Mile In 10 Seconds
07. D.C.B.A.-25
08. How Do You Feel
09. Embryonic Journey
10. White Rabbit
11. Plastic Fantastic Lover

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27 de ago. de 2009

The Rolling Stones - Beggars Banquet (1968)

The Rolling Stones - uma banda com a qual nunca fui com a cara, mesmo sem nunca ter ouvido nada; acho que era todo o hype os envolvendo. De repente, eu viro um psychedelic fanboy, eu mudo, meus valores mudam, meu mundo dá uma reviravolta, finalmente me encontrei, fim do discurso gay - rimou.



"Please allow me to introduce myself
I'm a man of wealth and taste
I've been around for a long, long year
Stole many a man's soul and faith"


Então me interessei por Rolling Stones. Pesquisando na Wikipédia, quando a preguiça não deixa ir atrás de fontes melhores, vejo quais CDs fizeram mais sucesso, como era o estilo de cada álbum e daí vou definindo a prioridade no uTorrent; um psicodélico de 67, um tal de Beggars Banquet de 68, critically acclaimed, de volta às raízes R&B da banda, 3º lugar nos charts do Reino Unido, dentre outros. Vamos ouvir agora...

E não é que essa porra é boa mesmo? Começando com Sympathy For The Devil - não vou mentir que só fui atrás de Stones depois dessa música ter sido citada no retrato junkie Fear and Loathing in Las Vegas (pt. Medo e Delírio) de Hunter Thompson - já me cativa o ritmo, é quase um samba com um pianinho bluesy muito daora. E, androgenia à parte, Mick Jagger canta pra caralho. Depois dos backing vocals grudentos e cativantes e o solinho do típico Rock and Roll sessentista com o piano fazendo a base, entram umas músicas mais tradicionais; No Expectations, uma balada blues carregada muito bonita, e então Doctor Doctor, bluezera bem tradicional, gaita e tudo. Temos então Parachute Woman; quando ouvi da primeira vez tive que verificar se o que eu tava ouvindo era mesmo Rolling Stones, tão parecido que achei com The Doors; um blues psicodélico a la Roadhouse Blues mas bem original e, infelizmente, um tanto curto. A próxima faixa, Jigsaw Puzzle, me lembra muito o estilo de Bob Dylan, nas letras e melodia; tá aqui mais uma galera que aquele descabelado egocêntrico do Dylan influenciou.

Com tantas influências excelentes (Bob Dylan, The Doors, Elvis e Beatles), alguém pode dizer que eles só copiaram os grandes mas, mesmo que esse fosse um CD de covers - o que não é, já que os Stones conseguem colocar muita originalidade em tudo o que compõem, copiando fórmulas sim, mas não identidades - qual o problema? Quanto mais Dylan, Doors, Elvis e Beatles, melhor, godammit.

Mas Beggars Banquet é mais que uma compilação de tudo que tava rolando na época; é uma volta às origens da banda depois de ter experimentado o gosto do sucesso, é um encontro de identidade depois do experimentalismo psicodélico de Their Satanic Majesties, com o terceiro olho agora aberto e receptivo à compreensão da realidade; um som muito mais convicto de uma banda imensamente amadurecida: um excelente álbum dentre os vários "razoáveis" - na minha opinião - do Rolling Stones.





Tracklist
01. Sympathy For The Devil
02. No Expectations
03. Dear Doctor
04. Parachute Woman
05. Jigsaw Puzzle
06. Street Fighting Man
07. Prodigal Son
08. Stray Cat Blues
09. Factory Girl
10. Salt of the Earth


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3 de jul. de 2009

The Doors - In Concert (1991)

The Doors (USA, California)
In Concert (1991) (320kbps)

Os Doors é uma banda de rock dos anos 60, que fez bastante sucesso com a musica Light My Fire e Riders on Storm. Jim não era um grande cantor, mas sabia fazer grandes letras ( que misturavam poesia simbolista com lisergia ). Os três restantes membros porem não menos importantes possuem um gosto bastante eclético por musica, indo do Flamenco até a Bossa Nova.
Doors é definitivamente uma banda atemporal.

sem enrolações...In Concert é album dublo ao vivo, gravado pelos Doors (duh, claro). o Album possui faixas de vários concertos do tour de 70'. O produtor editou as musicas desses vários concertos para que se tornassem uma espécie de "O Melhor Show Do Doors" e realmente é um baita de show.
o Album é cheio de medleys , os destaques vão para Light My Fire que tem um solo de teclado/guitarra animal e Back Door Man detona tudo com o vocal do Jim e nem vou comentar da Roadhouse Blues...
Imperdível!


Tracklist:
CD 01
01. "House Announcer"
02. "Who Do You Love?"
03. "Alabama Song (Whiskey Bar)"
04. "Back Door Man"
05. "Love Hides"
06. "Five to One"
07. "Build Me a Woman"
08. "When the Music's Over"
09. "Universal Mind"
10. "Petition the Lord with Prayer"
11. "Dead Cats, Dead Rats"
12. "Break On Through, #2"
13. "Lions in the Street"
14. "Wake Up"
15. "A Little Game"
16. "The Hill Dwellers"
17. "Not to Touch the Earth"
18. "Names of the Kingdom"
19. "The Palace of Exile"
20. "Soul Kitchen"
musicas 13 a 19 fazem parte da "The Celebration of the Lizard"

CD 02
01. "Roadhouse Blues"
02. "Gloria"
03. "Light My Fire"
04. "You Make Me Real"
05. "Texas Radio & The Big Beat"
06. "Love Me Two Times"
07. "Little Red Rooster"
08. "Moonlight Drive"
09. "Close to You"
10. "Unknown Soldier"
11. "The End"


Until the eeeend

29 de jun. de 2009

Black Sabbath - Past Lives - Live At Last (2002)


Black Sabbath (UK, Birmingham)
Past Lives - Live At Last (2002) (320kbps)

Black Sabbath banda que já é figurinha do pessoal Stoner, não preciso comentar muito sobre os Deuses do Heavy Metal (se quer saber da história vai na Wikipédia porra).
Postando esse album ao vivo que era uma bootleg e que em 2002 foi remasterizado e vendido como CD original.
O Album ressalta a época dourada da banda em qual todos os membros estavam em plena forma musical e totalmente chapados (TOCANDO PACARAI).
Os pontos altos do CD são Sweat Leaf, Children of the Grave, War Pigs, e Wicked World (além das músicas mais famosas), sendo que a Wicked World tem solos, jam e medley. Super foda, Baixem!!



Tracklist:
CD 01
01. Tomorrow's Dream
02. Sweat Leaf
03. Killing Yourself To Live
04. Cornucopia
05. Snowblind
06. Children of the Grave
07. War Pigs
08. Wicked World
09. Paranoid

CD 02
01. Hand of Doom
02. Hole in the Sky
03. Sympton of the Universe
04. Megalomania
05. Iron Man
06. Black Sabbath
07. N.I.B.
08. Behind the Wall of Sleep
09. Fairies Wear Boots


Sabbá for FREE
os erros de português é for free tmb

15 de mai. de 2009

Update

Um blog que era pra ser semanal tá há quase mês sem ser atualizado, e foi por falta de inspiração (bloqueio criativo) e um pouco de preguiça também, eu tava viajando, monte de coisa. Mas não abandonei isso aqui não! E venho também avisar que o blog conta agora com mais um autor. O Caponeura vai estar aqui, contribuindo com sua contribuição para nós, a pedido dos contribuintes que, caso não o fizéssemos, ameaçaram deixar de contribuir.

Hey, baixa disponibilidade de tempo, post de baixa qualidade.

12 de abr. de 2009

Your Highness Electric - The Grand Hooded Phantom (2008)

Hoje, acordei com uma música desse CD na cabeça. "Picture That With Teeth" (Imagine isso com dentes), o título deve ter deixado uma impressão maior do que eu pensei... Só consigo relacionar ao mito da xana dentada (o que não deixa de ser de certo modo impressionante), e é uma frase mil e uma utilidades, quase como aquela alguma coisa de cú é rola. Mas agora ao que interessa.

Bom, pra começo de conversa neste começo de blog, Stoner Rock é, pra quem não sabe, um rótulo dado a uma onda de bandas que surgiu no começo dos anos 90 fazendo um som inspirado em Led Zeppelin e Black Sabbath. Iniciado/popularizado por bandas como Kyuss, Monster Magnet e Masters of Reality, o Stoner traz consigo muito do sentimento dos anos 70, inclusive o de toda a psicodelia lisérgica, sem ser um tributo cru/cópia descarada de sons antigos, tendo uma aproximação mais moderna ao tema (graças ao grunge, eu acho). Considere o Stoner como a música da contra-cultura estadunidense dos anos 90. É difícil falar de música, se não estúpido... Ela é para ser ouvida e apreciada, não discutida.


Your Highness Electric (USA, Kentucky)
The Grand Hooded Phantom (2008) (@ VBR)

Meus chegados que conhecem a banda rotulam Your Highness Electric como sendo um Stoner Rock meio Rock Alternativo, ou alguma coisa pra justificar a pegada diferente dos caras. Eu com certeza vi um pouco de jazz em algumas músicas, como Our Albatrosses, Carnal Knowledge e Know Gods, Know Masters. Dá um diferencial pro som. Não que tenham saxofone ou pegadinha de jazz/fusion, mas alguma coisa no ritmo, inclusive os riffs, lembra muito "jazz de salão" ou "boogie". Como de praxe, muito groove explodindo em todas as músicas. Destaque pra cozinha, parecem liderar as músicas, com a guitarra só seguindo a linha de baixo pra dar um bombástico adcional. Alguns trechos lembram o Red Hot Chili Peppers no começo da carreira, a pegada funky de algumas músicas, com muito ritmo, muito baixo, bem representada na Bob . Sugar . Sex . Magic, uma alusão à Blood Sugar Sex Magik do Red Hot, e na The World's Biggest Necklace. Recomendado não só para fãs de Stoner, mas também pra qualquer fã do bom e velho Rock & Roll. Vocal com muita manha, música descontraída e energética. A banda tem um clipe pra música Le Titout, bem caseiro, porraloca.



Tracklist:
01. Ain't No Not
02. Our Albatrosses
03. Man the Doublewise
04. Wine Red Lips
05. Handing Out Hairlips
06. We Kentuckians
07. The World's Biggest Necklace
08. Bearskin Love
09. Army Green
10. Bob . Sugar . Sex . Magic
11. Picture That With Teeth
12. Carnal Knowledge
13. Know Gods, Know Masters
14. Le Titout


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Senha: empadamusical.blogspot